Execução do serviço atende pedido formulado em janeiro pela Prefeitura e após envio de laudo técnico emitido pela Defesa Civil e Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Por Ricardo Nogueira
Na manhã desta quinta-feira (21/10) foi iniciado o serviço de desassoreamento do córrego nas proximidades da "Fazendinha". O maquinário de uma empresa terceirizada pelo DER iniciou o trabalho sobre a ponte da rodovia Álvaro Brasil Filho (SP-64), construída poucos metros acima do nível da água. Em períodos chuvosos, o córrego costuma transbordar e interromper o tráfego de veículos nos dois sentidos da pista.
O prefeito de Bananal, William Landim da Silva, informou ao jornal que trata-se de uma demanda da Prefeitura e também da Câmara Municipal. O pedido ao DER foi formalizado em ofício datado de 20 de janeiro, em caráter de urgência, dirigido ao setor de Conservação de Rodovias. Nele, foram requeridos dois itens.
O primeiro referente a limpeza e roçada nas margens das rodovias SP-68 (Tropeiros), SP-64 (Álvaro Brasil Filho) e SP-247 (Sebastião Diniz de Morais - sertão da Bocaina).
No segundo item foi solicitado o "Desassoreamento e Limpeza do Curso d´Água, designado Rio da Ponte da Fazendinha (...) importante afluente do rio Bananal". O documento foi acompanhado de fotos para comprovar a descrição de que o rio apresenta processo contínuo e acelerado de assoreamento. "O referido curso d´água (...) causa constantes transbordos em situações de chuva (em todas estações do ano) que alagam o trecho de passagem da rodovia, impedindo a passagem dos veículos automotores que por ali trafegam", acrescentou o documento.
Em resposta, o DER solicitou um laudo técnico sobre o assoreamento do rio.
Foi elaborado então um laudo conjunto da Diretoria Adjunta de Meio Ambiente da Prefeitura e da COMPDEC - Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, constatando "o evidente assoreamento do trecho" podendo ocasionar situações iminentes de riscos materiais e humanos com o alagamento da rodovia.
O laudo destacou os principais fatores de riscos ocasionados pelo transbordamento do curso d´água: acidentes rodoviários (principalmente no período noturno com a visão limitada dos motoristas), danos materiais, possibilidade de assaltos aos condutores com a passagem bloqueada e também de risco à saúde humana por comprometer o socorro a pacientes em estado grave.
O documento também considerou prejuízos, impactos e danos de natureza ambiental provocados pelo contínuo e gradativo processo de assoreamento do córrego.
Sete meses após o envio da documentação, a necessidade do serviço é facilmente constatada por um registro fotográfico do próprio prefeito no final desta tarde, mostrando a proximidade do volume da água com a ponte da rodovia.
A Gazeta de Bananal solicitou informações junto à DR-6, Divisão Regional do DER em Taubaté, quanto aos serviços a serem realizados, assim como o tempo previsto para a sua execução.
Esta matéria será atualizada assim que o órgão encaminhar as respostas.