SP investiga histórico clínico de 2 jovens que morreram por covid-19


Da Redação com informações de Elaine Patricia Cruz e Jonas Valente da Agência Brasil


A morte de dois jovens, um de 26 e outro de 33 anos, pelo novo coronavírus (covid-19) está sendo investigada em São Paulo para saber se eles tinham alguma comorbidade. A informação é da Secretaria da Saúde de São Paulo. Os dois jovens morreram domingo (29), na capital, e estão entre as 14 pessoas que morreram vítimas do covid-19 contabilizadas  no dia. Todos os óbitos ocorreram na rede privada de saúde.
No Brasil o número de óbitos de pessoas jovens e com menos de 60 anos está acima do esperado. A média está girando em torno de 42 anos e há preocupação com mutações do vírus no país. Apesar de avanços em algumas pesquisas, o novo coronavírus ainda não é totalmente conhecido.
Segundo balanço da secretaria, São Paulo somou 98 mortes por coronavírus. Entre os 14 óbitos contabilizados, além dos dois jovens, há um homem de 89 anos, que morava em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Os demais são todos da capital e tinham mais de 60 anos de idade. São Paulo tem, até o balanço divulgado na tarde de hoje, 1.451 casos confirmados para coronavírus.
Os últimos balanços divulgados pela Secretaria da Saúde ainda não contabilizaram a morte de outro rapaz, estudante da Faculdade de Química da Universidade de São Paulo (USP), ocorrida nesse sábado (28). A morte foi confirmada em comunicado da USP, que informou que ele morreu no Hospital Universitário.
Brasil
O Ministério da Saúde divulgou uma nova atualização os dados de domingo (29) sobre o novo coronavírus (covid-19), no Brasil. O número de mortes chegou a 136, 22 a mais do que o número anunciado pela pasta no sábado (28), quando foram registrados 114 óbitos.
São Paulo concentra 98 do total de mortes, seguido por Rio de Janeiro (17), Ceará (cinco) e Pernambuco (cinco), Paraná (dois), Rio Grande do Sul (dois), Santa Catarina (um), Goiás (um), Distrito Federal (um), Rio Grande do Norte (um), Piauí (um) e Amazonas (um). Com 22 novas mortes, foi o maior resultado diário registrado desde o início, juntamente com o de ontem, que teve o mesmo número.
Em relação ao perfil das pessoas que morreram, 39,2% eram mulheres e 60,8%, homens. Mantendo o padrão identificado ao longo da semana, 90% tinham mais de 60 anos e as doenças crônicas mais associadas foram cardiopatias, diabetes, pneumopatia e condições neurológicas.
Os casos confirmados da doença aumentaram de 3.904 para 4.256. O resultado de mais 352 pessoas infectadas marcou um crescimento de 9% em relação ao total de ontem. O total, contudo, foi menor do que o registrado em dias anteriores, quando os novos casos ficaram entre 482 e 502.
Em entrevistas à imprensa, durante a semana, a equipe do Ministério da Saúde afirmou que era esperado um crescimento diário de até 33%. Em comparação com o início da semana, quando havia 1.891 casos, o total representa uma ampliação de 225%.
Os estados com mais casos foram São Paulo (1.406), Rio de Janeiro (558), Ceará (314), Distrito Federal (260) e Minas Gerais (205). A menor incidência está em estados da Região Norte, como Amapá (quatro), Rondônia (seis), Tocantins (nove) e Amazonas (14).  
O índice de letalidade, que começou a semana abaixo de 2%, atingiu 3,2% com o balanço de hoje. Na distribuição por estados, os mais altos são em São Paulo (6,8%), Pernambuco (6,8%), Rio de Janeiro (2,4%), Goiás (1,7%) e Rio Grande do Norte (1,5%). O número de hospitalizações em razão do novo coronavírus chegou a 625.   
Em todo o mundo, o painel de monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS) registra hoje 638. 461 mil casos e 30.105 mil óbitos, em 202 países. Os Estados Unidos são o país com mais casos confirmados (103.321), seguidos por Itália (94.472), China (82.356), Espanha (72.248) e Alemanha (52.547).

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